O guineense é indiciado de crime de falsificação de documentos públicos. O suspeito, segundo a acusação, tem como comparsa do crime o irmão que até então tinha residência fixa em Cabo Verde e um primo que se encontra na Guiné-Bissau.
O crime terá sido praticado quando foi lançado o projecto da Administração Interna de regularização dos cidadãos da Costa Africana. O primo produzia o registo criminal na Guiné-Bissau e mandava-os para os dois irmãos em Cabo Verde.
Os certificados chegavam em Cabo Verde com carimbo e assinaturas que eram entregues aos imigrantes ilegais. O jovem terá produzido cerca de 70 certificados. Por cada documento emitido o cidadão guineense recebia quatro contos.
Apenas cinco das 20 testemunhas indicadas no caso foram ouvidas na manhã desta terça-feira. A sentença será lida no próximo dia 15 de Julho, no Tribunal da Comarca do Sal.
De referir que neste caso de burla, só um dos envolvidos está a responder perante a Justiça cabo-verdiana. O irmão está a monte. Suspeita-se que tenha fugido do país. O primo está a braços com a justiça bissau-guineense.