EUA: Obama decidiu dar continuidade aos ataques aéreos na Líbia sem aprovação do Congresso

18-06-2011 17:58

 

 Washington, 18 jun (Inforpress) – O presidente norte-americano, Barack Obama, decidiu dar continuidade aos ataques aéreos na Líbia sem a aprovação do Congresso e apesar de os advogados do departamento de Justiça e do Pentágono terem dado parecer negativo. 



Obama baseou-se antes nas opiniões de outros advogados seniores da sua administração segundo as quais a participação dos Estados Unidos nas operações aéreas contra o regime de Muammar Kadhafi não constitui “hostilidade”, não necessitando, por isso, da aprovação do Congresso no âmbito da Resolução sobre Poderes de Guerra, refere a edição electrónica de sexta-feira à noite do jornal The New York Times.

Entre os que apoiam a decisão de Obama encontram-se o conselheiro da Casa Branca, Robert Bauer, e o conselheiro legal do departamento de Estado, Harold H. Koh, e entre os opositores estão o conselheiro geral do Pentágono, Jeh C. Johnson, e a directora do gabinete de aconselhamento legal do departamento de Justiça, Caroline Krass, acrescenta o jornal.

A lei de 1973 proíbe o envolvimento dos Estados Unidos em operações militares por mais de 60 dias sem a autorização do Congresso, podendo esse prazo ser prolongado por outros 30 dias.

O prazo de 60 dias terminou em Maio com a Casa Branca a defender que estava a cumprir a lei. No domingo completam-se 90 dias da participação dos Estados Unidos nas operações militares na Líbia sem a aprovação do Congresso.